Maria Juliana da Silva foi assassinada em 2017 com dois tiros na cabeça
A Justiça condenou Sérgio Cristiano Gomes da Silva a 24 anos e seis meses de prisão por ter matado a ex-companheira, Maria Juliana da Silva, em 2017, na cidade de Delmiro Gouveia, no Sertão de Alagoas, distante 45 km de Paulo Afonso, Bahia. O julgamento ocorreu nesta quinta (10) e faz da parte da programação do Mês Nacional do Júri.
Segundo os autos do processo, o mototaxista era agressivo e agredia constantemente a companheira, inclusive na presença dos três filhos, crianças de 1, 3 e 5 anos. Maria Juliana foi morta com dois tiros na cabeça na casa da mãe, onde tentava se proteger das ameaças de Sérgio, que não aceitava o fim do relacionamento.
“O réu atuou com dolo direto e intenso, orientando sua conduta de forma calculista, premeditada e fria, indo de encontro à vítima e dando-lhe dois tiros na cabeça com o nítido propósito de causar-lhe a morte instantânea. Tão logo encontrou a vítima em um dos cômodos da residência da genitora, o réu, sem dizer nada, foi logo efetuando dois disparos”, disse o juiz Marcos Vinícius Linhares.
De acordo com o juiz Marcos Vinícius Linhares, que presidiu o julgamento, as três crianças foram separadas após a morte da mãe e são criadas por pessoas diferentes.
Os jurados reconheceram a materialidade do crime e a autoria do réu, além das qualificadoras de motivo fútil, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio.
O réu teve a prisão preventiva decretada pelo juiz, que reforçou que a medida leva em conta a garantia da ordem pública.
“A prática desse crime de tamanha gravidade foi relativamente recente, sendo que as consequências do delito ainda permeiam o seio social, não se podendo afirmar que cessou o perigo à ordem pública”, disse o magistrado.
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