Justificativa é a nova variante do coronavírus, que vem chamando a atenção da comunidade científica.
A Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) e o Ministério Público (MP-AL) irão recomendar às prefeituras do estado que não realizem festas públicas de grande aglomeração. O motivo é a preocupação com a nova variante do coronavírus, a Omicron. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (29)
A proposta da recomendação surgiu após reunião entre o presidente da AMA, Hugo Wanderley, e o Procurador-Geral de Justiça, Márcio Roberto. Eles haviam conversado anteriormente sobre o tema com o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) e o Programa Nacional de Imunização (PNI).
A recomendação ainda não foi publicada pelo MP. Tão logo seja, será amplamente divulgada pela AMA.
As instituições acreditam que ainda não é o momento para a promoção de grandes aglomerações, principalmente as festividades públicas. Na visão delas, ainda não há segurança sanitária.
"Nossa preocupação sempre foi, e vai continuar sendo, cuidar das pessoas e salvar vidas", afirma Hugo Wanderley.
O anúncio em Alagoas acontece no mesmo dia em que a prefeitura de Salvador anunciou o cancelamento das festas de fim de ano na cidade, pelo mesmo motivo. Anteriormente, a AMA já havia se pronunciado sobre a cautela que os gestores deveriam ter para realizar festas de carnaval no ano que vem. Até o momento, apenas Maceió mantém a programação de pé.
A variante Omicron
A variante ômicron – também chamada B.1.1529 – foi reportada à OMS em 24 de novembro de 2021 pela África do Sul.
O primeiro caso confirmado da B.1.1529 foi de uma amostra coletada em 9 de novembro de 2021. De acordo com OMS, a variante apresenta um "grande número de mutações", algumas preocupantes.
"Evidências preliminares sugerem uma alta no risco de reinfecção com a variante, comparada com as outras versões do coronavírus", disse a agência de Saúde das Nações Unidas em um comunicado.
Nas últimas semanas, as infecções do coronavírus vinham aumentado abruptamente no país, o que coincide com a detecção da nova variante B.1.1529.
A situação epidemiológica no país tem sido caracterizada por três picos de casos notificados, sendo que o último era com a variante delta.
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