Quase quatro anos após morte dele e de Tony Pretinho em Batalha, polícia ainda não descobriu mandante do crime e caso pode ser federalizado
Sem conclusão há quase quatro anos, os assassinatos dos ex-vereadores de Batalha, Adelmo Rodrigues de Melo, o Neguinho Boiadeiro, e Tony Carlos Silva de Medeiros, conhecido como Tony Pretinho, podem ser federalizados. No último dia 21 de julho deste ano, o procurador da República João Paulo Lordelo expediu ofício ao procurador-geral de Justiça de Alagoas, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, pedindo informações relativas às apurações dos homicídios. O órgão deve avaliar o pedido de federalização do caso.
No documento, o procurador cita que os representantes do pedido de federalização, chamado incidente de deslocamento de competência, citam “a incapacidade das autoridades locais em esclarecer a autoria do mencionado fato criminoso”.
O pedido do procurador federal foi enviado nesta quarta-feira (18), pelo gabinete do procurador-geral de Justiça de Alagoas, para o promotor de Justiça da cidade de Batalha, onde os crimes aconteceram, para que o membro ministerial preste as informações.
O pedido
O pedido de federalização, conforme documento do Ministério Público Federal (MPF), foi feito por Maria da Conceição Cavalcanti de Melo, Mércia Cavalcanti Targino, Maria Rita de Cassia Rodrigues Melo e Mabylla Loriato Ferreira.
Segundo elas, os homicídios ocorreram porque as vítimas descobriram irregularidades envolvendo desvio de verbas municipais pela Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas, envolvendo servidores fantasmas.
Segundo os representantes, a perícia do homicídio do vereador Tony Pretinho foi manipulada e a investigação sobre os desvios de verbas da Assembleia Legislativa está sendo feita pela Polícia Federal, a partir de denúncia realizada por Baixinho Boiadeiro.
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