TRE também disse que encaminhará uma recomendação aos juízes e promotores eleitorais
Alguns candidatos às eleições deste ano divulgaram, por meio de suas redes sociais, que não usarão fogos de artifício durante a campanha política. A discussão sobre o tema ganhou força na última segunda-feira (22), quando o pai de uma criança autista gravou o sofrimento do filho enquanto ouvia o barulho.
Fernando Collor (PTB), candidato ao Governo de Alagoas, disse que sua campanha “está conectada com as solicitações de pais e mães, cuidadores de idosos e tutores de animais que sofrem com o barulho provocado”.
Também candidato ao governo, Rodrigo Cunha (UB) disse que a decisão “foi tomada com o objetivo de resguardar a dignidade e a paz dos alagoanos, incluindo os animais. O dano é muito maior que qualquer espetáculo”.
O deputado federal Pedro Vilela (PSDB) disse que sua campanha, “desde o seu início, não utiliza fogos de artifício por entender e respeitar todas as pessoas que sofrem com o barulho produzido, bem como os animais”.
O uso de fogos e artifício foi tema de uma reunião, na segunda-feira, no Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas. “Embora a legislação eleitoral não proíba a utilização dos fogos de artifício nas campanhas, a Justiça Eleitoral de Alagoas se sensibilizou com a repercussão nas redes sociais e com depoimentos de pais de crianças autistas e já nos prontificamos a atuar, junto a partidos, candidatos, coligações e aos próprios eleitores, orientando sobre os prejuízos que essa prática traz para algumas pessoas”, ressaltou o presidente do TRE/AL, desembargador Otávio Praxedes.
O TRE também disse que encaminhará uma recomendação aos juízes e promotores eleitorais, bem como aos representantes de partidos, coligações e federações, orientando sobre a utilização dos fogos de artifício no período eleitoral.
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