BLOG DO HAROLDO ALMEIDA
Quando falamos em deserto, lembramos logo do Deserto do Saara, ou outros lugares bem distantes de nosso país ou da nossa realidade. Mas este pensamento é equivocado, este risco de desertificação está mais presente do que imaginamos. Com isso, as Organizações das Nações Unidas - ONU e seus membros criaram a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca – UNCCD, que é o principal documento que norteia o combate ao problema.
Anualmente é comemorado em 17 de junho o Dia Mundial de Combate à Desertificação, com a intenção de alertar a sociedade e principalmente o Poder Público para termos ações que garantam a proteção de nosso ecossistema e afastar o máximo possível este risco.
Uma área desertificada da não tem condições de ter vida, por ser muito seca e o solo muito pobre se nutrientes, e para nossa região este problema se torna mais agravante que não é uma transformação natural do ecossistema é sim uma mudança drástica causada pela ação predatória do homem, então a modificação ocorre muito rápido e não tem o tempo necessário para as espécies se adaptarem, causando extinções das formas de vidas endêmicas, como as espécies da fauna e flora exclusivas do bioma Caatinga que só existe em nosso país.
Geograficamente analisado as áreas mais vulneráveis à desertificação estão localizadas próximas à linha do equador (que é uma linha imaginária que marca o diâmetro central do planeta), também as que têm em seu bioma uma característica mais voltada à seca com plantas menores e os locais que têm menos precipitação de chuvas. Estes critérios se encaixam muito bem com a particularidade da região Nordeste, uma prova disto que os estudos mostram que todos os estados desta região estão vulneráveis e também o Espírito Santo e Minas Gerais todos eles participam do Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação – PAN-Brasil, que conta com o apoio do governo federal e vários outros parceiros de organizações distintas.
Combater a desertificação deve estar nos planos de governo de todos os governantes de nosso país, desde a esfera municipal, estadual e federal, é um problema que promove um desequilíbrio global, tanto ambiental, social e econômico. Para o futuro da humanidade devemos ter a responsabilidade com o nosso planeta, muito mais do que estamos tendo atualmente.
Comments