Filha de Lampião e Maria Bonita, de 90 anos, esteve presente nos dois desfiles
A região Nordeste, em sua riqueza histórico-cultural, foi protagonista em dois dos maiores carnavais do mundo. A história do Cangaço, do seu personagem principal, Lampião, de seu jagunços e do Sertão, foi contada em São Paulo, pela Mancha-Verde e no Rio de Janeiro, pela Imperatriz Leopoldinense.
No Anhembi, onde acontece o desfile das escolas de samba em São Paulo, a atual campeã do carnaval paulista, Mancha Verde, apostou na cultura nordestina para buscar o tricampeonato na história da agremiação comandada pela torcida organizada do Palmeiras. O enredo "Oxente - Sou Xaxado, sou Nordeste, sou Brasil" contou com a presença da filha de Lampião e Maria Bonita, Expedida Ferreira, de 90 anos.
Outro personagem representado no desfile foi Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, que foi homenageado no último carro, com um boneco gigante que tocava uma sanfona. A escola ficou em segundo lugar, atrás apenas um décimo da campeã, Mocidade Alegre.
Na Sapucaí, Rio de Janeiro, a Imperatriz Leopoldinense entoou o samba-enredo: “O Aperreio do Cabra que o Excomungado Tratou com Má-Querença e o Santíssimo não deu Guarida”, uma fábula divertida sobre Lampião que se tornou a grande campeã do Carnaval 2023.
A agremiação mostrou a vida e a morte do cangaceiro, barrado no inferno e no céu, à luz da cultura do cordel e em um Nordeste multicolorido. A filha do homenageado, Expedita Ferreira, de 90 anos, afirmou que “não veio do Nordeste para o Rio para perder”. Ela foi destaque da última alegoria da Imperatriz.
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