Segundo a OAB, ele tinha um comparsa que se passava por juiz e os dois simulavam audiências para extorquir as vítimas
Um falso advogado foi preso na segunda-feira (3) durante uma audiência no Fórum da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), no Tabuleiro, em Maceió. Ele não possui registro na OAB e utilizava o registro de outra profissional da área para enganar as vítimas. A Polícia Civil investiga o caso.
Segundo informações da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AL), O homem de 31 anos, que não teve a identidade divulgada, tinha um comparsa que se passava por juiz e os dois simulavam audiências para extorquir as vítimas. O falso juiz não foi preso.
"Ele já foi preso em Marechal Deodoro no ano passado pelo mesmo crime. O delegado consultou que não havia registro desse número na OAB. Infelizmente, por coincidência, uma colega deu entrada no seu registro e o número foi igual ao que ele criou e estava utilizando", disse o vice-presidente da Comissão de Fiscalização e Combate às Práticas Irregulares da Advocacia, Júlio Sampaio.
O falsário já responde pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica, associação criminosa e exercício irregular da profissão quando foi preso em 2021, na cidade de Marechal Deodoro. Ele foi levado para a Central de Flagrantes I, mas foi liberado em seguida porque nenhuma vítima prestou queixa contra ele. Entretanto, no mesmo dia, seis vítimas procuraram a Central de Flagrantes para denunciar o caso.
O falsário disse que não possui registro, mas que era estudante de direito. Entretanto, também não há nenhum registro como estagiário na OAB. A advogada que ele utilizava o registro também prestou queixa na Polícia Civil. Relato das vítimas Uma das vítimas que prestou queixa na polícia disse que conhecida o falsário há três anos. Ela contou que tem um estabelecimento comercial e que percebeu que estavam ocorrendo pequenos furtos. Disse ainda que ele contou que registrou a queixa contra três funcionários e que o processo corria em segredo de justiça.
A mulher disse ainda que o falsário afirmou que para evitar um processo, todos teriam que fazer um pix de R$ 700 para ele. Depois disso, ele sumiu e a vítima disse que não havia nenhum BO aberto.
A Polícia Civil disse que o estelionatário se aproveitava de vítimas com baixa escolaridade para enganá-las.
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