Mandados foram cumpridos na residência dos investigados, em um condomínio de luxo
A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL), em cumprimento a dois mandados de prisão expedidos pela 17ª Vara Criminal de Maceió, prendeu, nesta terça-feira (25), o casal de influenciadores Ygor Yuri Ferreira de Oliveira e Ana Paula Ferreira da Silva, conhecida como Paulinha, em um condomínio de luxo em Marechal Deodoro, Alagoas. Eles são alvos da Operação Game Over, que investiga fraudes relacionadas ao 'Jogo do Tigrinho'.
Os mandados foram cumpridos na residência do casal, conforme informações da polícia.
A prisão dos influenciadores será comunicada ao Poder Judiciário e os presos serão submetidos à audiência de custódia e, posteriormente, encaminhados ao Sistema Prisional.
A OPERAÇÃO
Ao todo, 12 pessoas foram alvo da operação deflagrada na última semana e outras 40 estão sendo investigadas pelo crime de estelionato. Bens foram apreendidos, incluindo carros de luxo, e a polícia determinou o bloqueio de, pelo menos, oito contas do Instagram dos influenciadores.
O esquema do 'Jogo do Tigrinho', descoberto pela Polícia de Alagoas, foi destaque exclusivo no Fantástico do último domingo (23). A reportagem expôs que influenciadores promoviam de forma fraudulenta o jogo clandestino nas redes sociais, como no caso da blogueira alagoana Paulinha Ferreira.
Ela apresentava supostos ganhos e incentivava seus seguidores, mas a polícia descobriu a fraude. A matéria também narrou o caso de Maria das Graças, assistente social de Maceió que foi vítima do jogo, tendo perdido aproximadamente R$ 200 mil.
CONTA DEMO
A Delegacia de Estelionatos de Maceió identificou o uso de uma conta demo, frequentemente usada por influenciadores para demonstrar como é fácil ganhar no jogo. Usando essa conta, o usuário rapidamente acumula R$ 500 ou mais. É por meio deste artifício que os influenciadores celebram seus "ganhos" nas redes sociais. Contudo, os jogadores reais descobrem que a realidade é bem diferente.
"Eles influenciaram muitas pessoas com essa informação falsa, sem revelar que se tratava apenas de uma conta de demonstração", declarou Eduardo Mero, delegado-geral adjunto da Polícia Civil de Alagoas.
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