Segundo o delegado de Piranhas que realizou a prisão, Daniel Mayer, a adolescente vivia em situação de extrema vulnerabilidade e morava em local de difícil acesso com o pai e a madrasta
Um homem de 39 anos foi preso suspeito de abusar sexualmente da própria filha de 14 anos na Zona Rural de Olho D'Água do Casado, cidade localizada no Sertão de Alagoas. A prisão ocorreu no sábado (18), mas foi divulgada nesta segunda-feira (20).
Segundo o delegado de Piranhas, que realizou a prisão, Daniel Mayer, a adolescente vivia em situação de extrema vulnerabilidade e vivia em local de difícil acesso com o pai e a madrasta após a mãe ter perdido a guarda dela.
Os abusos foram descobertos, segundo a autoridade, após colaboradores da escola onde ela estuda realizar a Busca Ativa de Alunos da comunidade. A Busca Ativa é um mecanismo determinado pelo Ministério da Educação para que as escolas saiam em busca dos estudantes ausentes das salas de aula. Era o caso da adolescente. Segundo o delegado Daniel Mayer, por vários dias a menina não comparecia a escola o que fez os professores irem até a sua residência saber o que estava acontecendo.
"Membros da escola conversaram várias vezes com ela, e a suspeita inicial era de que a ausência escolar acontecia por causa de trabalho infantil, mas conforme a conversa se aprofundava, a menina contou o que estava acontecendo", afirmou o delegado. Após saber dos abusos, a comunidade escolar acionou o Conselho Tutelar e este à Polícia Civil.
A Justiça determinou a prisão preventiva do suspeito e a menina foi levada para a casa de um parente. A escola agora está organizando a documentação dela para que ela volte à escola já a partir do próximo ano. Ela também deverá passar por tratamento psicológico, segundo a autoridade policial. Segundo o delegado, a menina se emocionou quando soube que sairia da casa do pai. "Quando ela entendeu o que estava acontecendo, que foi avisado para ela arrumar as coisas dela porque iria embora, ela caiu no choro e abraçou a equipe policial", disse o delegado.
A menina foi ouvida por uma psicóloga e pela coordenadora da escola. O relatório será utilizado no inquérito policial. Segundo o delegado, a madrasta não será indiciada, porque não há indícios de que ela sabia do ocorrido. Já o suspeito, ao ser preso, preferiu permanecer em silêncio e só falar na presença do advogado.
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