IBGE dá início em AL a pesquisa urbanística que antecede Censo
- Gazeta Web
- 21 de jun. de 2022
- 3 min de leitura
Mapeamento contará com participação de 300 supervisores censitários, que percorrerão as ruas dos 102 municípios do Estado

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em Alagoas iniciou, nesta segunda-feira (20), a Pesquisa Urbanística do Entorno, que antecede o Censo 2022. A ação ocorre nos 102 municípios alagoanos e simultaneamente no resto do país. Aqui no estado, 300 supervisores censitários vão percorrer as ruas das cidades para realizar o mapeamento urbano.
A pesquisa, que começou ontem, segue até o dia 12 de julho, e marca o início do Censo demográfico em todas as regiões do Brasil. Nesta etapa, no entanto, não haverá entrevista domiciliar, os dados serão coletados por meio da observação. O chefe do IBGE em Alagoas, Alcides Tenório Júnior, explicou que a pesquisa é uma etapa preliminar para coleta do Censo.
“Neste momento, não são os recenseadores, são os supervisores e a gente não vai precisar acessar os moradores nos domicílios, é apenas uma pesquisa de observação, em que os supervisores vão percorrer todas as vias públicas das áreas urbanas, para identificar uma série de características urbanísticas que se espera nas cidades, sejam elas pequenas cidades ou grandes centros”.
Nesta pesquisa serão observadas a capacidade da via, pavimentação, bueiro/boca de lobo, iluminação pública, existência de calçada, obstáculo na calçada, arborização. Três dos 10 quesitos serão inéditos nesta análise: ponto de ônibus/Van, via sinalizada para bicicletas (ciclovias) e rampa para cadeirante.
“Nós vamos verificar se nas calçadas existem algum tipo de obstáculo e isso se soma a uma pergunta que já existia em 2010 que é é de identificar se existe rampa de acesso para cadeirante. Então, você imagina ter rampa de acesso, mas uma calçada que não tem obstáculos, então, você identifica que ali tem um pouco mais de atendimento aos princípios de acessibilidade. Se a gente identifica que tem algum obstáculo, você começa a perceber que aquilo ali precisa de uma atenção maior do poder público. Também estamos investigando a existência de ponto de ônibus ou van e a sinalização para ciclistas. São temas que estão em evidência no momento, principalmente do ponto de vista de análise urbanística dos centros e áreas urbanas e a ideia é trazer todas essas informações para que seja gerado um panorama de todos esses municípios”, ressaltou.
Segundo Alcides, os dados coletados serão importantes para tomadas de decisões tanto do poder público como do setor privado. “A pesquisa traz informações urbanísticas importantes para tomada de decisões tanto do gestor público como da iniciativa privada. Por exemplo, vamos poder verificar de todas as vias, seja de becos, vielas e avenidas, qual a capacidade de tráfego delas, o tipo de pavimentação, ao mesmo tempo vamos verificar se existem calçadas, bueiros, arborização, iluminação pública. Tanto o gestor público como o empresário, certamente, vão ter interesse em identificar se essas características de urbanização que envolvem os domicílios atende a alguns requisitos. O gestor público pode querer saber se existe algum bolsão em que a acessibilidade é muito precária, ou se existe algum bolsão dentro do município em que não existe ponto de ônibus e vans muito próximo daquela população. Ao mesmo tempo, a iniciativa privada pode ter interesse de investir em algum local que tenha uma circulação de automóveis ou de grandes veículos para fazer o negócio dele funcionar”.
Censo 2022
O Censo 2022 será realizado de 1º de agosto a 31 de outubro e, em Alagoas, contará com mais 3 mil recenseadores. Neste período, serão realizados os questionários através do dispositivo móvel de coleta, entrevistando os moradores. Os resultados desta edição serão divulgados apenas no ano que vem, junto com todas as demais informações apuradas no Censo 2022.
“Todas as pesquisas serão divulgadas após o Censo. Vai existir um calendário de divulgação que será apresentado à sociedade, mas, normalmente, um censo demográfico começa a gerar informações desde a coleta, onde através do site do IBGE, a gente consegue avaliar como está o andamento da coleta, e as outras informações vão sendo publicadas, analisadas, trabalhadas e entregues ao longo do tempo. A gente espera que, do primeiro dia de coleta até dois anos depois, o IBGE vai jogar essas informações para a sociedade”.
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