Júri condena acusados de assassinar e destruir cadáver de empresário; penas passam dos 46 anos
- Cada Minuto
- 20 de jul. de 2023
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O júri popular, que teve início na terça-feira (18), foi finalizado na noite desta quarta-feira (19)

Os acusados de assassinar o empresário Gilmário Alencar dos Santos foram condenados a mais de 46 anos de prisão. O júri popular, que teve início na terça-feira (18), foi finalizado na noite desta quarta-feira (19).
Segundo a sentença, José Henrique Queiroz Barbosa Rocha foi condenado a 27 anos, 5 meses, 10 dias, um ano e 33 dias e Bruno Barbosa Vilar, a 19 anos, 4 meses, 10 dias e 24 horas. Os réus foram julgados por homicídio qualificado por motivo torpe, mediante asfixia e meio cruel, mediante emboscada e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, além de furto e destruição de cadáver. José Henrique também foi julgado pelo crime de posse de arma de fogo.
Em sua decisão, o juiz Antônio Iris da Costa Júnior, da Comarca de Olho d’Água das Flores, também negou a substituição da pena aos réus, "de forma a demonstrar que a substituição não se torna suficiente para reprovação do crime".
"Os fatos descortinaram em razão de mera dívida no valor de R$ 10 mil e da promessa de recompensa de valores e objetos, sendo que os sentenciados asfixiaram a vítima por duas vezes e queimaram o seu corpo. Tais circunstâncias revelam a periculosidade concreta do sujeito ativo e a probabilidade de repetição de condutas ilícitas", continuou o magistrado.
Bruno Barbosa Vilar foi condenado por homicídio qualificado, furto qualificado e destruição de cadáver. Já José Henrique Queiroz Barbosa Rocha, por delitos de homicídio qualificado, furto qualificado, destruição de cadáver e posse irregular de arma de fogo de uso permitido.
As penas dos réus foram agravadas devido à denúncia do Ministério Público, que destacou o motivo torpe e o meio cruel, mediante emboscada, que impossibilitou a defesa da vítima. Além disso, responderam por furto em concurso de agentes e destruição de cadáver.
Crime
Segundo os autos, no dia 24 de fevereiro de 2021, os réus José Henrique Queiroz e Bruno Barbosa, acompanhados de José Caetano da Silva Neto, que morreu em confronto com a polícia, mataram Gilmário Alencar dos Santos, subtraíram pulseira, anel, corrente, óculos, celular e automóvel da vítima, além destruírem o cadáver.
O crime teve como motivação uma dívida de aproximadamente R$ 10 mil que José Henrique tinha com a vítima. Após o homicídio, os réus ainda tentaram extorquir dinheiro da família de Gilmário sob o pretexto de resgate, mesmo sabendo que naquela altura, ele já estava sem vida.
A vítima foi asfixiada até perder os sinais vitais no escritório do lava-jato de José Henrique, que em seguida levou o carro de Gilmário até um posto de gasolina no município de Arapiraca. Ao retornar para o lava-jato, José Henrique verificou que seus funcionários Bruno e Caetano já tinham amarrado a vítima, além de terem subtraído os seus bens.
Ato contínuo, os réus levaram Gilmário para um terreno pertencente à família de José Henrique, localizado na zona rural de Olho D'água das Flores e, ao perceberem um movimento da vítima assemelhado a uma tentativa de respiração, os autores voltaram a asfixiar Gilmário.
Por fim, os executores colocaram o corpo em um tanque, jogaram gasolina, atearam fogo e tamparam o local, fazendo com que se tornasse em uma fornalha, resultando na completa carbonização do corpo. Após a descoberta do local, apenas as cinzas de Gilmário foram encontradas.
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