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Jogo do Tigrinho: MP denuncia Kel Ferreti e pede condenação de mais de 77 anos de prisão

  • Gazeta Web
  • há 17 minutos
  • 2 min de leitura

Influenciador é apontado como líder de uma organização criminosa especializada em exploração de jogos de azar on-line e lavagem de dinheiro

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) requereu a condenação de 77 anos e cinco meses de prisão para o influenciador digital Kel Ferreti, líder de uma organização criminosa investigada por fraudes estruturadas, exploração de jogos de azar on-line, lavagem de dinheiro e manipulação de rifas. A ação penal, proposta no último dia 9 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf), é resultado da Operação Trapaça.


A investigação teve como ponto de partida o cassino virtual “Fortune Tiger”, popularmente conhecido como “jogo do tigrinho”, cuja divulgação foi amplamente feita por influenciadores digitais. Ao todo, oito pessoas foram denunciadas e podem ser condenadas a penas que somam 254,7 anos de prisão.


Segundo a denúncia do Gaesf, a organização era liderada por Kel Ferreti, que é ex-policial militar e ostentava uma vida de luxo nas redes sociais, promovia links e grupos de apostas, além de atuar em rifas supostamente manipuladas junto a outros influenciadores denunciados.


A denúncia aponta ainda a manipulação de sorteios promovidos nas redes sociais, com indícios de que os resultados eram fraudados para favorecer integrantes do grupo. “Essa prática, além de ilegal, reforça o caráter enganoso das atividades dos criminosos, que utilizavam a falsa promessa de prêmios para atrair vítimas e legitimar o esquema ilícito”, afirmou o promotor de Justiça e coordenador do Gaesf, Cyro Blatter.


Entre os denunciados estão o proprietário formal de veículos de luxo utilizados pelo suposto líder, sua esposa – que também atuava na divulgação de jogos e rifas – e um sócio em uma das empresas investigadas. A denúncia inclui ainda indícios de fraudes bancárias e o uso de “laranjas” para ocultação de bens, como veículos registrados em nome de terceiros, mas exibidos nas redes sociais dos investigados.


Para Kel, a pena seria de mais de 77 anos. As penas somadas dos outros sete denunciados chegam a 177 anos e dois meses de reclusão.


“Com mais essa denúncia proposta pelo Gaesf, o Ministério Público de Alagoas reforça seu compromisso com o combate à criminalidade organizada, à lavagem de dinheiro, à manipulação de rifas e à proteção da ordem econômica e social”, ressaltou o promotor Cyro Blatter.


Operação Trapaça


Deflagrada em dezembro do ano passado, a Operação Trapaça recebeu esse nome em referência ao engano aplicado contra as vítimas, atraídas por promessas ilusórias de enriquecimento por meio de apostas on-line.

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