Três pessoas já prestaram depoimento, entre elas, um representante da organização do evento, que teria apresentado toda a documentação para a realização da competição
A Polícia Civil de Alagoas começou a ouvir, nesta terça-feira (25), testemunhas da morte do policial militar Ismael Jeferson Marques de Andrade, durante um evento de crossfit, realizado no Estádio Rei Pelé, em Maceió, no feriado de Tiradentes, na sexta-feira passada (21). O PM passou mal após supostamente ter apresentado um quadro de insuficiência renal aguda.
De acordo com o delegado Nivaldo Aleixo, três pessoas já prestaram depoimento, entre elas, um representante da organização do evento, que teria apresentado toda a documentação para a realização da competição em Maceió.
"Nós ouvimos três pessoas, que são consideradas testemunhas principais desse fato. Primeiramente, nós ouvimos uma das pessoas que organizou essa competição de crossfit. Essa pessoa nos trouxe uma série de documentos, que comprovam que realmente houve uma organização, que houve um pedido e que foi colocado e feito todas as etapas para o acontecimento dessa competição. De acordo com o organizador, essa competição aconteceria durante três dias na capital alagona e foi tudo feito dentro da lei", explicou Aleixo, em entrevista à reportagem do Cidade Alerta Alagoas, da TV Pajuçara, na noite desta terça-feira (25).
Ainda segundo o delegado, o evento contava com socorristas e com profissionais preparados para esse tipo de ocorrência.
"O organizador nos informou que não há necessidade de um médico no local de competição quando o evento conta com menos de 10 mil participantes. Mas tinha ambulância no local, e também foram contratados cerca de 12 bombeiros civis, com especialidades nesse tipo de competição e que estavam preparados para esse tipo de ocorrência. Diante desses fatos, tudo nos leva a crer que realmente foi uma fatalidade. Ainda segundo o organizador, as competições são feitas por etapa, que duram cerca de 18 min e, na etapa em que estava o policial, ele já tinha percorrido 15 min, quando começou a se sentir mal. Rapidamente os profissionais do evento socorreram o militar e o encaminharam para uma UPA do Trapiche da Barra. Ele chegou por volta das 13h30 e ficou por lá até às 21h25, quando, infelizmente, ele sofreu a segunda parada cardíaca e morreu", relatou o delegado.
Nivaldo Aleixo ainda disse que outros dois atletas, que faziam parte da equipe de Ismael, serão ouvidos nos próximos dias. "Ainda estamos na fase de investigações, não podemos concluir nada neste momento. Porém, pela narrativa do organizador, pelos documentos apresentados por ele e pelo depoimento de quem socorreu a vítima, tudo nos leva a crer que foi uma fatalidade. Não houve omissão por parte dos organizadores, pois tudo estava dentro da lei. Inclusive, o Estádio Rei Pelé foi liberado para a competição pelo Governo de Alagoas. O próximo passo agora é ouvir os dois outros jovens que competiam com o militar, que eram da equipe dele. Precisamos saber como aconteceu aquilo com ele. Inclusive, segundo o que apuramos na unidade hospitalar que atendeu o jovem, ele queria ir embora logo após receber atendimento médico e ainda dizia que estava bem. Estamos aguardando o laudo com a morte do PM para concluirmos o inquérito", finalizou o delegado.
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