Pedro não vai jogar com imobilização no braço e desfalca o Flamengo na Libertadores
- Globo Esporte
- há 2 dias
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Atacante fará trabalho de preparação física enquanto está parado, mas não retorna a tempo do duelo com o Racing, na próxima quarta-feira

Pedro sofreu uma fratura no antebraço direito na vitória do Flamengo em cima do Racing pela semifinal da Libertadores. Com uma imobilização até acima do cotovelo, o jogador está fora da partida de volta, na próxima quarta-feira, na Argentina. Não há como definir o tempo exato de recuperação porque há a necessidade de monitorar a evolução da calcificação do osso.
A imobilização do atacante foi feita para impedir a rotação do osso fraturado e garantir a adequada consolidação da lesão. O Flamengo vai avaliar dia a dia o quadro, mas já sabe que o jogador vai desfalcar a equipe em algumas partidas.
O laudo médico apontou uma fratura sem desvio na ulna (o maior osso do local). É considerado uma fratura alinhada pois não há espaço entre os ossos fraturados. A recuperação é tratada com cautela pois há o risco de evoluir para uma fratura desconexa e, eventualmente, a necessidade de cirurgia.
Optando pelo tratamento sem intervenção cirúrgica, é preciso imobilizar o braço com uma órtese - uma espécie de tala para o braço. A partir disso, é feito um acompanhamento para a consolidação da fratura. Exames de radiografia são feitos para monitorar a lesão. Caso não evolua, a cirurgia é indicada para recolocar os ossos no lugar.
A lesão não é considerada simples por ser em um local de bastante mobilidade. Sem cirurgia, estima-se que a recuperação completa aconteça em pelo menos seis semanas de imobilização.
Pedro pode jogar? O que diz a Fifa?
Colocar o atacante em campo é considerado um movimento arriscado, pois há possibilidade de piorar a fratura. Pedro é um atacante que utiliza muito o braço em seu estilo de jogo, principalmente para fazer a proteção da bola e o pivô.
Enquanto estiver imobilizado, Pedro seguirá apenas fazendo trabalhos específicos com a preparação física. A decisão de momento é não colocá-lo em campo imobilizado. Os próximos passos serão decididos em avaliação dia a dia da evolução da lesão.
Além disso, a Fifa limita questão de proteção para os jogadores que estão em campo. Isso porque, determinadas proteções podem ser consideradas "armas" no jogo.
A Fifa cita na "Regra 4", intitulada "Equipamento de Jogo", que proteções são liberadas desde que sejam luvas, capacetes, máscaras faciais e protetores de joelho e braço feitos de material acolchoado, macio e leve. O material não pode ser perigoso para o jogador que o usa ou para qualquer adversário, não podendo ter nenhuma parte estendendo-se para fora da superfície.
O material aprovado pela Fifa e que é comum em proteções de cabeça é o polipropileno, um termoplástico versátil, leve e resistente geralmente utilizado na confecção de produtos médicos.
No caso de Pedro, como a utilização de faixas não reduziriam o impacto do possível contato com outro jogador, a solução seria uma proteção confeccionada a partir do polipropileno e adaptada para o local fraturado no braço.
Para não correr risco de ter problemas com a proteção e ter o jogador vetado de entrar em campo, o clube deve informar com antecedência a Conmebol ou a entidade organizadora da competição sobre qual material e o modelo de proteção que será utilizado, sendo aprovado previamente e apenas checado pela arbitragem em campo momentos antes do início da partida.
Relembre a lesão
O choque aconteceu aos 3 minutos do segundo tempo. Em uma bola espirrada, Pedro e Sosa se chocaram. O atacante esticou o braço para se proteger e levou a pior na dividida com o volante argentino.
Pedro seguiu com dores em campo até os 26 minutos da etapa final. Ele recebeu atendimento médico algumas vezes na lateral do campo até ser substituído.






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