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G1

Prédio desaba no Grande Recife e pessoas são soterradas

Segundo bombeiros, há moradores soterrados e crianças estão entre os desaparecidos. Testemunhas dizem que prédio havia sido interditado e foi ocupado.

Foto: Reprodução

Parte de um prédio desabou no bairro do Janga, em Paulista, no Grande Recife, na manhã desta sexta-feira (7). De acordo com os bombeiros, há moradores soterrados nos escombros e crianças estão entre os desaparecidos. O número de vítimas não foi informado.


Segundo o Corpo de Bombeiros, há ao menos nove pessoas sob os destroços. Duas mulheres foram resgatadas vivas. Uma delas foi levada para o Hospital Miguel Arraes, na mesma cidade. Não há informações sobre para onde a outra mulher foi levada. As duas sofreram fraturas. Um vídeo mostra o momento em que uma delas é encontrada sob os escombros.


O desabamento ocorreu no início desta manhã, às 6h07. O prédio fica na rua Dr. Luiz Inácio de Andrade Lima e faz parte do Conjunto Beira-Mar. Segundo os bombeiros, um dos blocos desabou totalmente e outro, parcialmente.


De acordo com o coronel Robson Roberto, algumas das vítimas soterradas se comunicam com os bombeiros durante a busca.

"É um trabalho que a gente conta com o auxílio dos cães, que já indicaram onde a gente tem essas possíveis vítimas. As vítimas que estão responsivas foi mais fácil, porque com nosso estímulo, elas nos responderam. Estamos mantendo essas frentes de trabalho mas é um trabalho tem que ser feito com calma, com cautela, porque são pessoas que estão sob escombros e a gente obviamente está com a intenção de tirá-las com vida local", disse.


O prédio estava interditado por ordem judicial desde 2010, de acordo com a prefeitura de Paulista. No entanto, foi reocupado em 2012. Uma vistoria foi feita em 2018 e confirmou a interdição, mas os moradores seguiram no local.


Uma mulher que não quis se identificar disse que a irmã, chamada Maria da Conceição, morava no edifício com os filhos.

“A gente ocupou aí porque não tinha onde morar. Minha irmã e os filhos dela estavam lá. Moravam cinco filhos com ela aí. A gente está sem notícia dela”, disse.


O despachante Jailson Júnior presenciou o momento em que o prédio caiu. "Eu trabalho no terminal de ônibus do Conjunto Beira-Mar, aqui do lado. Havia pessoas soterradas lá embaixo, inclusive uma placa [de concreto] caída em cima de crianças. Está todo mundo aqui, Samu, Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros", disse.

As buscas por vítimas seguem no local. Participam 50 bombeiros e 40 voluntários. Cães farejadores participam da operação para encontrar pessoas.


Esse tipo de prédio, que é popularmente conhecido como "prédio caixão", tem térreo e três andares e, em cada pavimento há quatro apartamentos.

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