Professores ocupam plenário da câmara e cobram que recomposição de 4,52% ainda em outubro

Sheila Lydiane usou a tribuna e pediu para que os vereadores ajam no sentido da aprovação do PL que regulamenta a “bonificação”.

Foto: Pablo Vitor - Sertão 142

Em mobilização na manhã dessa quinta-feira (21), os profissionais da educação da rede municipal de ensino de Delmiro Gouveia foram à Câmara de Vereadores do município cobrar dos edis que a reposição inflacionária seja concedida ainda no mês de outubro, assim como foi definido em reunião entre membros do governo, secretaria de educação e Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal).

A categoria foi surpreendida com um novo posicionamento do governo municipal, adiando a reposição salarial para janeiro de 2022. Após deliberação em assembleia foi acertado que seria realizada mais uma paralisação de 24h com mobilização. Na câmara, a professora Sheila Lydiane usou a tribuna e pediu para que os vereadores ajam no sentido da aprovação do projeto de lei que regulamenta a “bonificação”.

“Nós estamos tratando aqui do mínimo, apenas 4,52%, porque se fosse reivindicar o que de fato está de déficit no nosso salário, só os professores estão com quase 30% a menos, os demais servidores da educação estão com quase 20% a menos nos salários”, disparou Lidiane.

O vereador Everton Rocha (Solidariedade) usou a palavra e questionou o poder de decisão da chefe do executivo municipal. “Foi firmado um compromisso de recomposição salarial e dias após foi desfeito. Será se realmente é válido aquilo que é tratado no gabinete da prefeita ou tem alguma força maior que intervém nessas situações?”.

Já o edil governista Jamil Cordeiro (PSC) anunciou que vai propor uma emenda no projeto que concede a restituição salarial, garantindo o abono para todos os profissionais da educação. “Apenas fizemos e tornamos mais transparente aquilo que o poder executivo já tinha enviado à esta casa”, explicou.