Raphinha foi de "à venda" no Barcelona a candidato à Bola de Ouro em oito meses; entenda
- Globo Esporte
- 15 de abr.
- 2 min de leitura
Em seu terceiro ano no Barça, brasileiro faz função diferente de temporadas anteriores, ganha maior sequência e deslancha; Hansi Flick afirma: "Nunca tive um jogador como ele"

Há exatos oito meses, Raphinha era destaque no noticiário da Espanha por ironizar a publicação de um influenciador que personalizava a camisa 11 do Barcelona, que pertence ao brasileiro, com o nome de Nico Williams. O atacante do Athletic Bilbao foi sensação da seleção espanhola campeã da Eurocopa e um dos alvos do Barça naquela janela de transferências.
Na mesma época, a imprensa local noticiava que, em meio à crise financeira, o clube não descartava vender o brasileiro. Por mais que tivesse o seu valor (de acordo com o jornal Mundo Deportivo, o Barça pediria 90 milhões de euros), não era considerado um nome indispensável. Em oito meses, a situação mudou drasticamente.
Raphinha é, em abril de 2025, um dos principais candidatos ao prêmio de melhor do mundo na atual temporada. Ele já se tornou o brasileiro com mais gols em uma edição de Champions e mira outros recordes. Soma, até aqui, 50 participações diretas (28 gols e 22 assistências) em 46 partidas. Alguns fatores podem explicar um crescimento de rendimento tão grande e o ge te mostra agora.
Mudança de posição e função
Nas duas primeiras temporadas no Barcelona, Raphinha atuou sempre pelo lado direito do ataque. O jogador afirmava se sentir mais à vontade no setor, onde habitualmente jogava, inclusive nos clubes anteriores da carreira e na seleção brasileira.
Com a ascensão do fenômeno Lamine Yamal, que aos 17 anos foi um dos principais protagonistas da Euro, a tendência seria o brasileiro perder espaço na posição. Ao assumir o comando da equipe, o treinador Hansi Flick logo teve a ideia de escalar Raphinha na ponta-esquerda, o que prontamente o desagradou.
De começo, quando foi conversado de ter que trocar de posição e jogar do outro lado eu não recebi nada bem. Era muito mais confortável o jogo na minha posição (lado direito). Mas ao longo do tempo eu comecei a entender que para jogar em um time grande a gente tem que estar disposto a mudanças, tem que estar disposto a querer evoluir, independentemente se for na tua posição ou não.
— Raphinha, em recente entrevista coletiva da Seleção.
Raphinha esteve disposto a evoluir e isso aconteceu. E não apenas pela mudança de posição, mas pela forma de atuar. Enquanto o técnico Xavi Hernández tinha um estilo de jogo posicional, no aqual o camisa 11 se mantinha sempre muito aberto pelo lado direito, Hansi Flick implementou uma forma de atuar muito mais direta e com maior fluidez.
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