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Diário de um cientista político

Tratamento de choque

DIÁRIO DE UM CIENTISTAPOLÍTICO, POR DOUGLAS DIAS

A constante confusão entre políticas e políticos faz boa parte dos cidadãos pensar que são a mesma coisa, mas como me resta fazer o papel de ‘bom moço’ devo dizer: não é bem assim.


Exemplo: se ciclano será indicado para dirigir o Hospital Regional do Alto Sertão, pouco importa, nada de errado com isso, afinal, alguém precisa gerenciar essa bodega. O problema se instala quando há uma invasão de competência, se acaso ciclano ou beltrano começar a fazer maracutaia deverá responder e perder o cargo.


Veja bem.


Repare que a política de saúde pública vai estar conectada a uma indicação política, há uma relação estreita mas um não corresponde ao outro. As Políticas dispõem de certo grau de autonomia para entregar os melhores resultados, por isso, tanto se fala atualmente em métodos de avaliação de gestão.


É preciso uma dose de consciência e perceber que nem tudo que há um dedo de política é estritamente político, mesmo que figurinhas repetidas estejam no álbum.


Por fim, o melhor modo de encerrar é repaginando o discurso de Covas em 1989, “o Brasil não precisa apenas de um choque fiscal. Precisa, também de um choque de capitalismo, um choque de livre iniciativa” e agora, um choque de bom senso.

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